Você sabe quais os sintomas da menopausa? Ondas de calor, suores noturnos e cansaço excessivo são alguns deles. Esses sinais aparecem na mulher quando o seu organismo encerra a fase reprodutiva e para de menstruar.
Perto da chegada da menopausa, a mulher passa por uma série de mudanças físicas e psicológicas que afetam muito a sua vida pessoal e profissional. Portanto, para não perder qualidade de vida, é essencial buscar diagnóstico médico e tratamento.
Quer entender mais sobre o assunto? Continue a leitura e saiba o que é e quais os sintomas da menopausa.
O que é menopausa e quando ela acontece?
Com o passar dos anos, o ovário feminino diminui progressivamente a produção de hormônios — estrogênio e progesterona — até cessar completamente. Quando essa produção é interrompida, a mulher para de menstruar. A menopausa é a última menstruação da mulher.
A chegada desse fenômeno natural ocorre entre 48 e 51 anos. Porém, a mulher pode experimentar os sintomas a partir dos 40 anos, quando começa o climatério — nome dado à fase de transição entre o período reprodutivo para o não reprodutivo.
Quando a última menstruação acontece antes dos 40 anos, ela é chamada de menopausa precoce. Algumas das causas para essa interrupção prematura são anomalias genéticas, doenças autoimunes, quimioterapia para o tratamento contra o câncer e toxinas como o tabaco.
Um estudo apresentado pela revista Tobacco Control — em português, controle do tabaco — nos Estados Unidos mostrou que mulheres fumantes chegam à menopausa, em média, 21 meses antes que as não fumantes. A pesquisa fortalece a tese de que o fumo provoca menopausa precoce.
Quais os sintomas da menopausa?
Existem mulheres que chegam à menopausa sem sentir absolutamente nada. Já outras experimentam situações bem incômodas e difíceis de lidar. Portanto, não existe uma regra. Os sintomas e a intensidade deles variam de organismo para organismo.
A seguir, você vai ver os principais sinais que antecedem a menopausa e podem continuar até três anos após a interrupção da menstruação.
Mudanças no ciclo menstrual
A menstruação fica irregular, o ciclo se torna cada vez mais longo, podem ocorrer escapes entre as menstruações e o volume do sangramento pode diminuir ou aumentar. Essas alterações são como avisos de que a menopausa está chegando.
Ondas de calor e sudorese noturna
Esses são os sintomas mais comuns da menopausa. As ondas de calor, também conhecidas como fogachos, começam de forma súbita e duram até quatro minutos. Essa sensação pode vir acompanhada de transpiração excessiva, calafrios e tremores.
Quando as crises acontecem no meio da noite, a mulher pode acordar várias vezes por causa da sudorese noturna. Esses calores repentinos afetam a qualidade do sono e, mesmo quando eles não aparecem, a mulher pode ter dificuldade para dormir.
Cansaço
Esse sintoma aparece por causa dos desequilíbrios hormonais. Mas, muitas vezes, um desconforto acaba favorecendo o surgimento de outro. Depois de uma noite maldormida, por exemplo, é comum que a mulher acorde sem nenhuma disposição. Com isso, ela fica sem energia para fazer atividades comuns do dia a dia.
Alterações de humor
A sensação é de estar com TPM de forma permanente. No período pré-menstrual, acontece uma queda na produção de estrógeno, porém, tudo volta ao normal depois da menstruação.
No caso da pré-menopausa, os níveis de hormônio reduzem progressivamente — independentemente de a menstruação estar próxima ou não. Por isso, as mudanças bruscas de humor são inevitáveis. Tristeza, raiva, irritabilidade, ansiedade e até depressão podem aparecer nesse período.
Dores de cabeça
Quem já sofria com enxaqueca, principalmente no período pré-menstrual, pode experimentar crises ainda mais intensas na menopausa. É possível que as dores de cabeça apareçam de maneira severa até mesmo em quem nunca teve o problema.
Desaceleração do metabolismo e ganho de peso
A redução dos níveis de hormônios femininos deixa o metabolismo mais lento. Com isso, a mesma quantidade de calorias ingerida anteriormente pode levar a um ganho de peso. Além disso, é comum que ocorram mudanças nos hábitos alimentares por causa das oscilações de humor. Nessa fase, a mulher também está mais suscetível a acumular gordura na região abdominal. Por isso, a barriga pode ficar um pouco mais sobressalente.
Secura vaginal e diminuição da libido
O estrogênio sustenta os tecidos que revestem a vagina. Assim, se o corpo para de produzir esse hormônio, várias alterações podem ocorrer na região, como atrofia, secura e coceira. Além da própria deficiência hormonal reduzir o desejo sexual, os sintomas citados podem tornar as relações sexuais dolorosas. Por consequência, a mulher perde a vontade de fazer sexo.
Infecções urinárias
A uretra também é sensível ao estrogênio, por isso, tem o funcionamento afetado por causa da deficiência do hormônio. O canal fica mais fino, sensível e irritado com mais facilidade, favorecendo a entrada de bactérias. Com isso, as infecções urinárias tendem a ser frequentes nesse período.
Como o diagnóstico é feito?
Ao sentir os primeiros sintomas é necessário procurar um médico, de preferência o ginecologista. Ele é o especialista em saúde da mulher e o profissional mais adequado para dar o diagnóstico. Ter informações sobre os sintomas da menopausa é importante para entender o que é necessário informar ao médico durante a consulta. Ele vai fazer perguntas sobre as alterações percebidas e há quanto tempo elas começaram.
Apesar de existirem alguns exames de sangue para ajudar no reconhecimento, eles atestam apenas o climatério. A menopausa só é diagnosticada com base na análise clínica. Afinal, só é possível saber se determinada menstruação foi a definitiva, no mínimo, 12 meses após o último episódio.
Como tratar?
É o médico que vai indicar o tratamento mais apropriado para cada situação. Caso os sintomas não provoquem muito desconforto, a mulher não precisa tomar nenhum medicamento. Muitas vezes, o especialista vai indicar um tratamento à base de hormônios para recuperar a qualidade de vida da mulher que enfrenta muitos incômodos. Mas não são todas que podem fazer reposição hormonal.
Sendo assim, vale alertar que a automedicação pode trazer sérios prejuízos à saúde. Antes de recomendar os medicamentos, o médico vai fazer uma série de perguntas sobre o histórico de saúde da mulher e, ainda, pedir alguns exames de rotina para se certificar de que o tratamento será seguro.
No geral, tomar hormônio feminino é contraindicado para quem tem antecedentes de:
- infartos;
- câncer de mama ou de endométrio;
- AVC;
- doenças severas no fígado;
- trombose profunda;
- pressão alta descontrolada, entre outros.
Caso a mulher se encaixe nessas restrições, o médico pode indicar terapias alternativas para tentar amenizar os incômodos.
Conhecer quais os sintomas da menopausa é importante para entender as mudanças naturais que ocorrem no organismo da mulher. Esse autoconhecimento ajuda no diagnóstico e na busca por tratamentos adequados. Em alguns casos, é necessário tomar hormônios para recuperar a qualidade de vida.
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