Com as rotinas cada vez mais extensas e com o tempo de descanso e lazer cada vez mais curto, muitas pessoas estão sendo diagnosticadas com a síndrome de burnout. Também chamada de síndrome do esgotamento profissional, ela é reconhecida pelo Ministério da Saúde como parte das doenças relacionadas ao trabalho desde 1999.
Para saber mais sobre o que é a síndrome de burnout, assim como seus principais sintomas e tratamentos, continue a leitura.
O que é?
A síndrome de burnout é descrita como um estado de tensão e estresse crônico, resultado de condições de trabalho desgastantes, seja esse esgotamento psicológico, físico ou emocional.
É mais comum entre pessoas de profissões que exigem alto grau de contato interpessoal, como professores, profissionais da saúde e assistentes sociais, entre outros. Além desses grupos, mulheres que fazem duas jornadas de trabalho (em casa e no emprego) também entram nos grupos de risco.
A síndrome de burnout conta com 10 estágios diferentes. Conheça um pouco sobre cada um:
- Dedicação intensa, como a vontade de fazer tudo sozinho e com dedicação excessiva, a qualquer hora do dia;
- Desconsideração com necessidades básicas, como comer, dormir e lazer como um todo;
- Aversão a conflitos, fugindo de problemas ao invés de resolvê-los;
- Reinterpretação dos valores, não se importando com o que costumava priorizar;
- Negação de problemas, podendo mostrar agressividade com quem tenta ajudar;
- Recolhimento, com aversão a reuniões e outras atividades sociais;
- Despersonalização e mudanças evidentes de comportamento;
- Tristeza intensa, com desesperança e indiferença ao que acontece em volta;
- Colapso mental e físico
- Estágio de emergência, com necessidade urgente de ajuda médica e psicológica.
Principais sintomas
O principal sintoma da síndrome de burnout é a sensação de cansaço e esgotamento extremo, mas é comum que carregue outras características.
Baixa autoestima, depressão, agressividade, isolamento, mudanças bruscas de humor, lapsos de memórias, dificuldades em se concentrar, pessimismo e ansiedade estão entre os sintomas comuns do transtorno.
Além dessas características mentais, o burnout também pode se manifestar no físico da pessoa. Sudorese, palpitação, aumento de pressão arterial, dores musculares e de cabeça, assim como transtornos gastrointestinais, também podem indicar o problema.

É importante lembrar que todos esses sintomas podem aparecer pelos mais diversos motivos. Por isso, tentar um auto diagnóstico pode ser perigoso, além de mascarar outros problemas e condições, sendo necessária uma avaliação médica para descobrir o real motivo por trás dos sintomas. Além disso, lembre-se que automedicação é uma prática perigosa e que pode gerar uma série de problemas sérios.
Tratamento da síndrome de burnout
As principais formas de tratamento do transtorno é o acompanhamento psicológico, com um profissional de sua confiança, e com auxílio de medicamentos antidepressivos.
Além do tratamento médico, é importante realizar mudanças na rotina, que poderão amenizar os problemas. Reserve um tempo diário para relaxamento e não se esqueça das atividades físicas, que também auxiliam o corpo a relaxar e a produzir os chamados hormônios da felicidade.
Prevenção
Segundo o Ministério da Saúde, as melhores táticas de prevenção da síndrome de burnout são estratégias com o objetivo de reduzir a pressão na rotina. É importante entender que o relaxamento e lazer são tão importantes quanto o esforço profissional, e um não consegue acontecer de forma ideal sem o outro.

Evite deixar o exercício físico de lado por estar sem tempo. Essa é uma prioridade que não pode ficar para trás! Se está faltando tempo para ela, é necessário excluir alguma outra, para evitar problemas futuros.
A procura pelo equilíbrio é a saída para quem deseja uma vida profissional saudável, sem ultrapassar os limites do corpo e criando tempo para aproveitar as conquistas.
Agora que já sabe o que é síndrome de burnout e desconfie que você ou alguém próximo está passando por esse problema, procure conversar sobre o assunto e procurar por ajuda. Dessa forma, o transtorno pode ser tratado e evitar que se transforme em algo ainda mais grave.
Para receber mais dicas de saúde e bem-estar diretamente em seu e-mail, assine a nossa newsletter! Basta preencher seu e-mail no formulário abaixo.