Apesar de ser um problema muito comum para as mulheres, nem todo mundo sabe o que causa a cólica menstrual. Até pouco tempo atrás, poucos estudos avaliavam os responsáveis por causarem tanto desconforto e incômodo nas mulheres. Contudo, agora já é possível identificar os principais motivos.
Ao identificar quais substâncias geram a dismenorreia — nome técnico para a cólica menstrual — no corpo feminino, a tendência é tornar mais fácil o processo de tratamento, principalmente minimizar as dores. Afinal, ninguém quer ter a sua rotina prejudicada por conta das fortes dores abdominais.
Que tal, então, se aprofundar nesse assunto e entender de vez o que causa a cólica menstrual? Além disso, vamos abordar como é importante sempre acompanhar esses sintomas e o que cada caso pode indicar. Portanto, continue a leitura deste artigo para tirar todas as suas dúvidas! Confira!
A cólica menstrual é comum?
De acordo com estudos da área de ginecologia, 65% das mulheres sofrem de dismenorreia no Brasil. Ou seja, mais da metade da população feminina sofre com dores e incômodos no corpo todos os meses. Além disso, 70% das mulheres registram queda de produtividade durante a menstruação.
A pesquisa ainda mostra que, geralmente, os principais sintomas são cansaço, inchaço nas pernas e enjoo; em alguns casos mais graves, podendo apresentar dores em outras regiões do corpo, vômito e até mesmo diarreia. Entretanto, por mais que seja um problema comum, a intensidade pode variar de caso para caso.
Quanto mais nova a mulher, maior a tendência de sofrer com incômodos e dores fortes na região. Na adolescência, por exemplo, a intensidade costuma ser muito maior, especialmente após o início da menstruação. Isso acontece porque o útero ainda é pequeno e o orifício de saída não está tão aberto.
Mulheres que utilizam absorventes intravaginais, por exemplo, também tendem a sentir mais dores mesmo na fase adulta. O item pode atrapalhar a contração do útero e, assim, tornando a intensidade ainda maior. Fora isso, a tendência é que as dores diminuam com o passar do tempo.
Após a gravidez, a intensidade do incômodo também deve diminuir, afinal, a musculatura do útero sofreu algumas alterações no período. Caso as cólicas menstruais não se tornem mais amenas com o passar do tempo, é fundamental procurar acompanhamento médico para verificar se não é o caso de uma doença mais séria, como pólipos ou endometriose.
O cenário de dores moderadas na região abdominal durante o período pré-menstrual — o mais comum — é chamado de dismenorreia primária. Enquanto o segundo cenário, em que os incômodos são mais intensos e não fazem parte de um ciclo menstrual saudável, é ligado um sinal de alerta no que é chamado de dismenorreia secundária.
O que causa a cólica menstrual?
Os sintomas são mais conhecidos, porém, você sabe o que causa a cólica menstrual? A pergunta era um mistério justamente por não ser um assunto tão pesquisado, porém, muita coisa mudou nos últimos anos. Graças a um estudo de pesquisadores norte-americanos, é possível identificar o principal responsável pelos sintomas tão dolorosos.
A pesquisa mostra que a proteína c-reativa — também conhecida com CRP — é o que causa a cólica menstrual. As dores da dismenorreia são geradas por conta de um processo inflamatório, que está diretamente ligado à produção dessa proteína dentro do organismo da mulher.
Como mostramos acima, existem dois tipos de dismenorreia e eles estão relacionados à quantidade de prostaglandina produzida. Quando em excesso, essa substância dificulta a utilização de oxigênio no útero e, consequentemente, a dor acaba sendo maior. Outra causa muito comum da dismenorreia secundária é alguma doença mais grave.
As dores intensas podem ser sintomas de algum problema mais sério, como a endometriose. Com a formação de tecido ectópico fora do útero, a mulher passa a sofrer com um incômodo cada vez maior na região, além de ter uma relação direta com a infertilidade feminina.
É fundamental, portanto, acompanhar esses sintomas de perto e sempre contar com o auxílio de um profissional especializado. Dessa forma, além de não sofrer com as dores regularmente, a mulher pode identificar e iniciar o tratamento de doenças mais sérias antes que elas se agravem.
Quais hábitos e medicamentos podem aliviar os sintomas?
Apesar de variar a cada caso, o que provoca a cólica menstrual é o processo inflamatório que acontece. Portanto, é possível utilizar algumas atividades, práticas e medicamentos para aliviar os sintomas e garantir que, com o tempo, os incômodos sejam cada vez menores e não atrapalhem o dia a dia da mulher.
O primeiro passo para que os sintomas da cólica menstrual sejam reduzidos é encaixar atividades físicas dentro da sua rotina, que vão aumentar a produção de endorfina no organismo e reduzir o processo inflamatório. Procurar por exercícios que trabalhem e fortaleçam a musculatura do baixo-ventre também pode ser um diferencial.
Como complemento, é importante adotar uma dieta mais saudável, com uma alimentação voltada para a ingestão de fibras, vegetais e vitaminas como B1, B6 e E. Utilizar as gorduras boas disponíveis nos peixes também pode ser importante. Além disso, tomar bastante líquido e evitar bebidas que tenham cafeína pode aliviar as dores.
Quando as dores persistem mesmo dentro de uma rotina mais saudável, procurar por medicamentos é uma alternativa válida. Anti-inflamatórios não hormonais, contraceptivos hormonais e dispositivos intrauterinos ajudam no alívio dos principais sintomas.
É importante entender, porém, que a automedicação é muito perigosa e, por isso, é fundamental contar com o acompanhamento médico. Afinal, cada organismo reage de uma forma ao mesmo medicamento e é essencial avaliar cada caso e as suas peculiaridades para ter um resultado positivo.
A cólica menstrual é, portanto, um problema muito comum entre as mulheres, variando de intensidade e, agora, sabidamente causado pela CRP. Contudo, com algumas práticas e hábitos mais saudáveis é possível reduzir as dores e os incômodos, não deixando que os sintomas mais comuns atrapalhem a rotina da mulher.
Agora que você já sabe o que causa a cólica menstrual, que tal conhecer as maneiras mais saudáveis de reduzi-las? Então, confira o nosso artigo sobre o tema, tire todas as suas dúvidas e alivie as dores no período!
