
A medicina está em constante evolução e, todos os anos, somos surpreendidos com lançamentos de remédios mais eficientes e mudanças nos tratamentos convencionais, de forma a oferecer uma melhor qualidade de vida para as pessoas. Diante dessa realidade, é muito importante entender se, hoje em dia, vale a pena tomar hormônio feminino.
O fato é que a reposição hormonal é um assunto que causou muita controvérsia na opinião pública e até mesmo entre especialistas, mas ela é cada vez mais segura e pesquisas demonstram que é uma opção válida em diversos casos. Confira o conteúdo a seguir e aprenda um pouco mais sobre esse tema.
Afinal, o que é a reposição hormonal?
A reposição hormonal, tecnicamente conhecida como terapia de substituição hormonal, nada mais é do que um tratamento realizado por um médico com o intuito de trazer mais saúde e evitar sintomas desconfortáveis para a mulher, que costumam surgir depois da menopausa. Ou seja, é a administração controlada, em doses terapêuticas, de hormônios artificiais.
Em mulheres, o fim das menstruações se dá em torno dos 45 anos, quando há uma redução natural em seus níveis de hormônios sexuais. Além do final dos ciclos ovulatórios, isso pode implicar em alguns problemas, como fogachos (ondas de calor), dores nas articulações, falta de disposição, ressecamento vaginal, desânimo e muitos outros.
Como ela é realizada?
Existem maneiras distintas de administrar os hormônios necessários para a reposição, que são o estrogênio, a progesterona, ou uma combinação dos dois, de acordo com cada caso e as intenções do tratamento. As opções devem ser discutidas entre médicos e pacientes, de forma que se encontre uma alternativa mais eficiente e proveitosa.
A forma mais comum em muitos lugares é fazer isso por meio de comprimidos à base de estrogênio, que são bastante práticos e usualmente ingeridos diariamente. Outra escolha muito comum são as injeções, que podem ser mensais ou trimestrais. Há também os adesivos e a versão em gel, que vem ganhando bastante espaço no mercado.
Alguns especialistas, sobretudo nos últimos tempos, têm indicado o anel vaginal, que vai liberando os hormônios sintéticos no organismo e precisa ser trocado mensalmente. Em todas essas modalidades, a conceito principal é se valer de hormônios bioidênticos, que ajudam a reduzir os sintomas e trazem muito mais qualidade de vida.
Quando tomar hormônio feminino?
A indicação principal da reposição hormonal é melhorar a qualidade de vida das mulheres que estão apresentando os sintomas do climatério, que é o período no qual a produção de hormônios vai diminuindo, até que se atinja a menopausa. Existem sinais que indicam a necessidade maior desse tratamento e demandam uma ida ao médico.
O mais comum e indicativo é a presença dos fogachos, que são aquelas incômodas ondas de calor que podem surgir espontaneamente, sem nenhum fator desencadeador. A irritabilidade, cansaço, alterações no cabelo e na pele, falta de apetite sexual, distúrbio de sono, variações no peso, dor articular e até hemorragias também estão entre os sinais.
E os seus benefícios?
Os benefícios de quem começa a tomar hormônio feminino em uma terapia adequada de reposição incluem, logicamente, o desaparecimento dos sintomas, em especial os fogachos. A lubrificação vaginal também é recuperada junto da libido, assim como há um controle melhor do peso corporal e a regulação do ciclo de sono e vigília.
Outras vantagens menos conhecidas do público leigo, mas também importantes são a melhoria nos níveis de triglicerídeos e de colesterol, a redução dos riscos de desenvolver osteoporose em função da melhora da densidade dos ossos e o aumento da disposição e do humor.
Quais os principais mitos sobre a reposição hormonal?
Qualquer mulher pode fazer reposição hormonal
Esse é um mito muito difundido, porém, infelizmente, não são todas as mulheres que podem aproveitar as vantagens da reposição hormonal. Até mesmo por essa razão, a avaliação de um médico ginecologista é fundamental, tanto para sanar dúvidas quanto para pesquisar a existência de doenças ou eventuais complicações da terapia.
Não deve fazer o tratamento quem tem algum histórico de câncer de mama ou de endométrio, de trombose venosa profunda, de acidentes vasculares cerebrais, de doenças hepáticas severas, assim como pressão alta sem controle ou sangramentos vaginais sem causa aparente, pois isso aumenta o risco de efeitos adversos graves.
As alternativas naturais são todas ineficientes
Embora o tratamento de reposição com hormônios sintéticos seja, de longe, a terapia mais eficiente para as mulheres que estão apresentando sintomas na menopausa, isso não quer dizer que não existam alternativas interessantes para as mulheres que apresentem alguma contraindicação. Mais uma vez, isso é apenas um mito.
Você pode debater com o seu ginecologista as melhores opções disponíveis no mercado, fazendo um controle médico rigoroso dos sintomas da menopausa. Boa parte desses problemas pode ser minimizada com medicamentos diferentes, como ansiolíticos e antidepressivos; ou naturais, como vitaminas, derivados de soja ou fitoterápicos.
O tratamento só pode ser iniciado na menopausa
Na realidade, o mais indicado, do ponto de vista das taxas de sucesso, é iniciar o tratamento assim que surgirem os sintomas do climatério, até mesmo porque essa não é uma terapia eterna e, dependendo de cada caso, só poderá ser realizada por alguns anos. No entanto, ele pode ser iniciado em vários momentos.
Embora exista uma idade mais comum para fazer a reposição, que gira em torno dos 45 anos (com variações para mais e para menos), o seu ginecologista de confiança poderá estipular o melhor período para isso, fazendo uma avaliação precisa e medicando de acordo com o desenvolvimento ou não de novos sintomas.
Depois de ler esse conteúdo, você está segura para tomar hormônio feminino e aproveitar os benefícios oferecidos por uma terapia tão moderna e eficiente no desaparecimento dos principais sintomas da menopausa! Como você pode ver, o essencial é contar com um médico de confiança e escolher a melhor alternativa para você!
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