
Com a rotina estressante da atualidade e o grande nível de exigência que as pessoas enfrentam nas suas vidas profissionais, é muito comum que alguns problemas de saúde se multipliquem e causem um grande incômodo no dia a dia. Diante dessa realidade, entender a diferença entre cefaleia e enxaqueca pode ser muito importante.
Esses conceitos geram confusão. Isso pode levar quem sofre de um desses males a não procurar por ajuda médica ou, pior ainda, optar por tratamentos inadequados ou até mesmo pela automedicação. Confira o conteúdo a seguir e evite que isso aconteça com você!
Cefaleia
A cefaleia nada mais é do que um sinônimo para as tão comuns dores de cabeça, problema que atinge um grande contingente de pessoas ao menos esporadicamente. As suas causas podem ser as mais variadas e existem centenas de tipos distintos de acordo com as suas características e até mesmo a sua origem.
Na maioria das vezes, o problema é autolimitado e não é resultado de uma doença grave. No entanto, dependendo da intensidade e da frequência, não convém apenas utilizar remédios por conta própria; em alguns casos, uma cefaleia pode resultar de uma condição com riscos de vida, requerendo cuidados de emergência.
Os tipos de cefaleia
Podemos classificar a dor de cabeça em cefaleias primárias e secundárias. As primárias ocorrem por conta própria e não como resultado de outra patologia. Elas têm gatilhos para acontecer, que podem ser únicos ou combinados entre si, como mudanças na química cerebral, contração de vasos sanguíneos do crânio ou tensionamento excessivo dos músculos da cabeça e do pescoço.
As cefaleias primárias mais comuns são a cefaleia em salvas, a cefaleia tensional e a enxaqueca, sobre a qual falaremos com mais detalhes a seguir. Existe uma série de outros padrões de dores desse tipo que podem ser chamados também de primários, mas são muito menos comuns do que esses.
Já as cefaleias secundárias, como o próprio nome diz, surgem secundariamente a outro problema, como um sintoma de outra doença. Nesse caso, também há várias possibilidades que podem ser apontadas como causas. Elas variam no que diz respeito à gravidade, frequência e, logicamente, condutas e tratamentos.
Um cefaleia secundária muito comum é a sinusite aguda, que pode ser viral ou bacteriana e provocar dor em toda a região, especialmente se não for tratada adequadamente. Problemas dentários, alergias e desidratação são outras causas usuais e geralmente pouco severas para esse tipo de problema.
No entanto, os motivos para ter uma cefaleia secundária nem sempre são simples e, por vezes, não se resolvem sozinhos. Um acidente vascular cerebral, neuralgias, encefalites ou uma formação anormal de vasos sanguíneos no encéfalo, assim como intoxicações por monóxido de carbono, por exemplo, também podem originar esse quadro.
O tratamento da cefaleia
O tratamento para a cefaleia vai depender da sua causa principal e das características do paciente. O ideal é procurar um médico de confiança. Provavelmente, ele solicitará exames e receitará medicações, entre as quais costumam estar os principais analgésicos, antiinflamatórios não esteroides e até betabloqueadores.
Enxaqueca
Como dissemos acima, a enxaqueca é um tipo de cefaleia. No entanto, ela tem características muito marcantes, que são bastante conhecidas por quem sofre com esse problema. Uma das mais comuns, por exemplo, é a temida dor pulsátil, que geralmente ocorre apenas em um dos lados da cabeça, embora possa atingir os dois.
Geralmente, esse quadro é acompanhado por fotofobia (intolerância à claridade) e fonofobia (intolerância a sons altos), além de náuseas e vômito. A duração da crise varia muito de pessoa para pessoa, mas ela costuma ir de quatro horas até incríveis e maçantes 72 horas. Normalmente, a duração é um pouco menor em crianças.
A enxaqueca prevalece em alguns públicos, sendo mais comum em mulheres e em quem tem entre 25 e 45 anos. Depois dos 50, a incidência tende a diminuir, principalmente no público feminino. Pode-se dizer que o problema é crônico quando ocorrem crises típicas em 15 ou mais dias em um período de um mês.
A causa real da enxaqueca não é completamente explicada pela medicina, embora se saiba que a origem do problema está relacionada a alterações cerebrais, que, por sua vez, têm uma importante influência genética. Isso quer dizer que as pessoas que têm um histórico familiar da doença, infelizmente, terão mais chances de desenvolvê-la.
Os gatilhos da enxaqueca
A enxaqueca começa quando as células nervosas reagem a um gatilho externo, causando a constrição dos vasos sanguíneos da região e a liberação de substâncias inflamatórias que causam a dor e originam a aura. A aura se trata daquelas alterações visuais e sensitivas que a pessoa costuma sentir antes do início de uma nova crise.
Entre os gatilhos mais comuns da enxaqueca, podemos destacar odores muito intensos, estresse, jejum, mudanças bruscas de umidade e temperatura, luzes e sons muito fortes, exercícios físicos de alta intensidade, abuso de alguns tipos de medicações, fatores hormonais, alimentos e bebidas específicas, sobretudo as alcoólicas.
O tratamento da enxaqueca
O tratamento adequado para a enxaqueca envolve não só o diagnóstico correto, mas também a identificação precisa dos fatores desencadeantes dela. Desse modo, além de uma escolha estratégica de remédios, o médico poderá recomendar a adoção de hábitos saudáveis na rotina diária e a alteração do estilo de vida do paciente.
Entre as medicações que prometem tratar e evitar o problema, podemos destacar os neuromoduladores (que agem no sistema nervoso central) os betabloqueadores, os antidepressivos e até mesmo os antivertiginosos. Os analgésicos e anti-inflamatórios também são usados, no entanto, a sua indicação depende de cada caso.
Como você pôde ver, as diferenças entre cefaleia e enxaqueca podem parecer discretas para quem não é um profissional da saúde. Mas não deixam de ser bastante significativas e de influenciar diretamente tanto a abordagem que o médico deverá adotar diante de cada situação quanto os índices de sucesso do tratamento a ser escolhido.
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