Reunimos aqui esclarecimentos às maiores dúvidas sobre a Covid-19, segundo os Institutos Butantan e Fiocruz.
De onde surgiu o nome?
A Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu o nome oficial da doença, Covid-19. COVID significa Corona Virus Disease (Doença do Coronavírus) e 19 se refere ao ano de 2019, quando os primeiros casos em Wuhan, na China, foram divulgados pelo governo chinês.
Como é transmitido?
A transmissão ocorre através de secreções contaminadas (saliva, espirro, tosse e catarro), por isso é fundamental o uso de máscara e que se evite contato pessoal próximo (toque, abraço), bem como tocar objetos e superfícies contaminadas seguido de contato com boca, nariz ou olhos.
Como se prevenir?
Siga as orientações do Ministério da Saúde:
-Lave as mãos frequentemente, com água e sabão, por pelo menos 20 segundos, principalmente antes de comer e após tossir ou espirrar;
-Na falta de água e sabão, utilizar álcool 70% (líquido ou gel);
-Não toque olhos, nariz e boca sem as mãos lavadas;
-Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres e copos;
-Mantenha ambientes bem ventilados;
-Desinfete objetos e superfícies tocados com frequência;
-Evite sair de casa e, caso seja inevitável, use máscara;
-Evite aglomerações;
-Ao tossir e espirrar, cubra nariz e boca com lenço descartável ou com a parte interna do cotovelo (nunca com as mãos);
-Profissionais de saúde devem se proteger através do uso de EPIs (máscara cirúrgica, óculos de proteção, luvas e avental);
Quem pegou pega novamente?
Já foram identificados casos de reinfecção, inclusive no Brasil. Apesar de essas ocorrências aparentemente não serem recorrentes, novas mutações podem aumentar o risco de reinfecção.
Em quanto tempo aparecem os sintomas?
Segundo a OMS, o período de incubação (tempo entre a contaminação pelo vírus e o início da manifestação dos sintomas da doença) é de 1 a 14 dias. Geralmente, aparecem em torno de 5 dias.
Existe tratamento precoce?
Não há medicação específica contra o vírus. Trata-se o paciente de acordo com seus sintomas individuais.
Tem vacina?
Há vacinas para COVID-19 de três tipos. São elas:
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Vacinas de vírus inativado/atenuado
Tais vacinas se utilizam do vírus inativado para provocar a resposta imunológica no corpo humano. É o caso da Coronavac, produzida pela empresa chinesa Sinovac, e da Butanvac, produzida pelo Instituto Butantan. O vírus é cultivado em laboratório e depois inativado, de forma que não mais provoque a doença. Ao ser inoculado no corpo humano, seu sistema imunológico identifica a presença deste corpo estranho e monta uma resposta imunológica a fim de se defender. Caso a pessoa seja posteriormente infectada pelo coronavírus, sua memória imunológica é rapidamente ativada a fim de combatê-lo.
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Vacinas de vetor viral
Esse tipo de vacina utiliza outro vírus para carregar as informações genéticas do Coronavírus para dentro do organismo. O vírus utilizado é o adenovírus, comum em resfriados e infecções intestinais. Pesquisadores utilizam-se de adenovírus não replicante e não infeccioso, inócuo (incapaz de provocar doenças), introduzido no organismo como veículo a fim de transportar a sequência genética do SARS-Cov-2 e estimular a resposta imunológica. As vacinas de Oxford e da Janssen (Johnson & Johnson) são produzidas a partir dessa tecnologia. Caso haja posterior contato do indivíduo com o vírus real, o organismo o reconhecerá e o neutralizará, evitando a infecção.
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Vacinas de RNA
As vacinas de RNA introduzem uma sequência de mRNA (que informa à célula que proteínas devem ser produzidas) no organismo. Nesse caso, a sequência induz a produção de uma substância que pode ser reconhecida pelo vírus como o vírus ativo ou parte dele, ativando a resposta imunológica do organismo a fim de protegê-lo. Essa mesma defesa será ativada posteriormente, em caso de contágio pelo vírus real. Assim funciona a vacina Pfizer-BioNTech BNT162b2, considerada moderna pois elimina a necessidade de inserir qualquer agente infeccioso no organismo.
Quem já teve deve se vacinar?
O Ministério da Saúde orienta a vacinação de infectados após a recuperação clínica total, no mínimo quatro semanas após o início dos sintomas ou quatro semanas a partir de amostra de PCR positiva, em pacientes assintomáticos.
Fontes:
https://vacinacovid.butantan.gov.br/perguntas-e-respostas
https://portal.fiocruz.br/coronavirus/perguntas-e-respostas
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2020/12/28/vacinas-plataformas-como-funcionam/